domingo, 25 de maio de 2014

Análise de seu Nado Crawl



Quando aprendemos a nadar, o estilo mais ensinado é o crawl. Apesar do estilo peito ser inato às reações de sobrevivência desenvolvidas pelos antigos samurais e gregos, e por assim dizer, mantido durante séculos por certas culturas, é o estilo crawl que mais imprime velocidade e capacidade de reação imediata. E nesse sentido, na maioria das vezes, escolinhas ou clubes de natação quando são solicitados ensinam de imediato o crawl e relegam os demais estilos ou mesmo as devidas técnicas que envolvem todo o desenvolvimento do nado, conforme o aprendiz demonstre interesse.
O estilo tem pouco mais de um século e meio, desde suas oficiais aparições e não é dos mais recentes na sequência antes do estilo costas, do estilo borboleta e da combinação medley. Apesar de ser observado como um dos estilos mais competitivos, o crawl nem sempre é ensinado ou treinado segundo técnicas adequadas que lhe conferem equilíbrio, propulsão e agilidade. O resultado pode implicar tanto o desinteresse da maioria dos atletas que se desanimam por não desenvolver bem o estilo, quanto problemas de isonomia estrutural do corpo humano no decorrer do tempo.
A posição e o giro da cabeça durante o nado e a respiração, o giro alternado das braçadas coordenado ao giro dos ombros com o peitoral, a posição do quadril, a manutenção do paralelismo das pernadas e o estiramento dos dedões dos pés são alguns dos pontos a serem observados a partir do início, quando alguém quer aprender a nadar. Geralmente, a técnica empregada muitas vezes não deveria ser vista como modelo reservado a “superatletas”, mas sim encarada como a melhor forma de promover a satisfação que o nado pode oferecer. Não se trata de “imitar” superatletas, mas sim de desenvolver um estilo de nado adequadamente, conforme seu objetivo maior na natação é promover satisfação durante o exercício físico, desenvolvendo todas as áreas musculares envolvidas nos movimentos de forma proporcional e equilibrada.
Observe as seguintes imagens para uma breve análise técnica do estilo crawl:









Na maioria das vezes, quando estamos nadando o estilo sem um acompanhamento técnico adequado sequer damos importância a tais detalhes, de modo que não se surpreende alguém chegar numa competição e não obter o resultado esperado, diante das diversas situações que implicam diversas reações corporais que estarão “fora de estilo”.
Observar-se ou deixar-se avaliar é um dos primeiros passos para eventuais correções técnicas do crawl. Até porquê quando alguém deixa de nadar por um período considerável, “automaticamente” a coordenação dos movimentos sofre certa dose de interferência com outros movimentos musculares do dia a dia. Mas isso não é determinante, sem que uma temporada de treinamento possa corrigir os desequilíbrios técnicos. E observar adequadamente a técnica do estilo implica buscar passo a passo aplicar as devidas correções.
Demonstração técnica do estilo crawl


Técnica das pernadas
Demonstração do giro de ombro coordenado ao da braçada
Mesmo que seu estilo esteja pra lá de irregular com braçadas com giro deficiente (uma gira completo e a outra não), tesouradas nas pernas ou cabeça pra baixo etc., nunca é tarde para uma autoavaliação que tanto pode ser feita com observação de um técnico em natação ou mesmo quanto com fotos ou vídeos de si mesmo. E em cada treinamento, obervar a parte deficiente e irregular, buscando correção parte a parte. Raramente, um atleta conseguirá corrigir todas as suas deficiências técnicas de uma vez. Uma vez que um atleta se vê capaz de identificar seus erros técnicos, ele também será capaz de decidir um plano de trabalho para a devida correção. Nada tão importante e satisfatório que objetivar uma correção técnica e encontrar resultados pra lá de surpreendentes.

Técnica da braçada na fase aérea

Técnica da braçada na fase aquática



Fonte: Swimmer UFRN

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