sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Não consegue tempo para malhar? Agende!

Atividade física deve ser encarada como uma prioridade assim como outras atividades de lazer, afirmam especialistas

 
 
É difícil, hoje em dia, não ter ouvido ao menos uma vez na vida que a prática regular de exercícios pode proporcionar inumeráveis benefícios para a saúde, além de ajudar na conquista e na manutenção de uma vida mais longeva, ativa e feliz.

E mais: especialistas em fitness já demonstraram que não é preciso malhar à exaustão ou esperar grandes períodos de tempo para colher os benefícios do exercício. Ainda assim, um grande número de pessoas não está praticando atividade física ou pratica tão pouco que fica sem benefício algum.

Se malhar é tão bom, então por que mais pessoas não estão deixando o sofá para abraçar uma vida menos sedentária? Muito disso tem a ver com o tempo, diz Michael R. Bracko, fisiologista esportivo e diretor do Instituto de Pesquisa Hockey em Calgary, no Canadá. Não apenas a quantidade de tempo que as pessoas têm, mas também a quantidade de tempo que elas pensam que têm.

“As pessoas não vêem a atividade física como importante o suficiente para programá-la dentro de suas rotinas. Elas não encontrarm tempo para malhar. Elas têm filhos, precisam gerenciar uma casa ou estão trabalhando e se locomovendo de um ponto a outro da cidade”, diz Bracko.

No entanto, especialistas em saúde advertem que a participação em atividade física regular pode gerar uma gama de benefícios à saúde.

Malhar regularmente ajuda o corpo a regular os níveis de açúcar no sangue e a reduzir pressão arterial, diminuindo as chances de desenvolver diabetes ou doenças do coração, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC). Estudos têm demonstrado que a atividade física também mantém saudáveis os músculos, ossos e articulações, e pode inclusive retardar os efeitos do envelhecimento.

Além disso, o exercício melhora o humor estimulando a liberação de hormônios que reduzem os sentimentos de ansiedade e depressão, diz o CDC. Algumas pesquisas descobriram ainda que o exercício ajuda a manter a mente ativa, melhorando a memória e potencialmente ajudando a afastar a demência na velhice.
O CDC estabeleceu diretrizes para a quantidade de exercício que as pessoas em vários estágios de suas vidas precisam para se manterem saudáveis, veja:

Crianças entre seis e 17 anos devem fazer cerca de uma hora de atividade física todos os dias. Já os adultos de 18 anos ou mais devem praticar pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada (como uma caminhada rápida) ou 75 minutos de atividade aeróbica vigorosa a cada semana.
Além disso, é importante fazer um trabalho de fortalecimento que trabalhe os grupos musculares mais importantes ao menos duas vezes por semana.

Encontrar a força de vontade para reservar este tempo pode ser muito pessoal, e as pessoas talvez precisem olhar para si em busca de entender o que mais importa para elas, diz Barbara Ainsworth, professora de exercício e de bem-estar da Arizona State University.

“Todo mundo tem diferentes razões para se motivar. O importante é encontrar as que fazem sentido para você”.

Para alguns, é um laudo médico dizendo que eles estão a caminho de uma doença crônica, caso não entrem em forma. Outros querem melhorar aspectos estéticos ou aumentar a própria capacidade atlética. Há quem malhe para aliviar o estresse e que goste da academia pela vida social que ela traz consigo.

Para trazer a atividade física de volta à sua vida, Bracko e Ainsworth sugerem duas grandes dicas:

1. Pare, avalie e compreenda que a atividade física deve ser encarada como uma prioridade assim como outras atividades de lazer, como ver televisão ou ler. “Estamos ocupados porque escolhemos fazer algumas coisas em dentrimento de outras. É preciso fazer escolhas diferentes” diz Ainsworth.

2. Encare o exercício físico como uma atividade que pode ser quebrada em blocos de 10 a 15 minutos, que podem ser encaixados ao longo do dia. Ir a pé para o trabalho conta. Participar das atividades dos filhos também. Mães que levam seus filhos ao futebol, por exemplo, podem caminhar em volta da quadra em vez de ficarem sentadas na arquibancada assistindo ao jogo.

* Por Dennis Thompson
The New York Times*

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