quinta-feira, 23 de junho de 2011

Vinho - Muito Mais Que Uma Bebida


O vinho, desde os tempos mais remotos foi usado tanto como bebida como remédio.
Lembra daquele papo: "quem veio primeiro? O ovo ou a galinha?
A mesma coisa se aplica ao vinho: foi usado primeiramente como uma bebida para o prazer ou como remédio?
Só para se ter uma idéia de como a coisa é antiga, já foram encontradas tábuas dos antigos Sumérios que traziam receitas médicas usando o vinho. E isso data de 2200 a.C.

O pai da medicina, Hipócrates, que viveu em 450 a.C, já receitava o vinho como medicamento, desinfetante e veículo para outras drogas além de fazer parte de uma dieta saudável. Dieta essa que perdura principalmente entre os europeus com grande destaque para os franceses.
Os gladiadores, que escapavam, é claro, usavam o vinho como desinfetante de suas feridas. E olha que uma ferida num gladiador deveria ser algo muito sério!
Os judeus também usavam o vinho para fins medicinais. Segundo o Talmud, "sempre que o vinho faltar, a medicina tornar-se-á necessária".

Mas foi na Universidade de Salemo, Itália, que a importância do vinho tanto para uma boa dieta como para a saúde, foi codificada. E tem mais: os pesquisadores da época especificaram diferentes tipos de vinho para diferentes constituições e humores. Só que esses "humores" não são o estado de espírito da pessoa ou um show do Tiririca com a Rosicléia....humores são fluidos que existem em nosso corpo, como o sangue, por exemplo.

Na idade média o vinho era a "bola da vez". Seu uso medicinal era usado principalmente nos monastérios, hospitais e universidades.
No século XVIII, na Europa principalmente, era mais seguro beber vinho que água, pois esta era frequentemente contaminada. Pensando bem, hoje em dia, em muitos lugares também. O problema é o preço.
O grande cientista, pai da pasteurização, Louis Pasteur, já dizia que o vinho é a mais higiênica e saudável das bebidas.
Em Hamburg, Alemanha, no ano de 1892, durante uma epidemia de cólera, o vinho era adicionado à água para esterilizá-la.
Mas em todo o canto sempre tem o pessoal que estraga tudo.

Por causa dos porres homéricos de muita gente, a visão do vinho como medicamento começou a mudar.
Tudo o que foi dito anteriormente sobre os benefícios do vinho só valem se ele for consumido moderadamente, mas não foi o que aconteceu. É aquela história: a gente dá a mão mas o pessoal quer logo o braço. Em vez de ficar no máximo duas taças diárias, muita gente queria entornar um barril inteiro!
Mas o correto é: nem muito nem pouco.

E aí surge outro problema: o que é muito e o que é pouco? O muito para você pode ser pouco para mim.
Por exemplo: na França, a ingestão de até 60 g por dia para homens é considerada segura. Já no Reino Unido a ingestão segura é 30 g por dia.
Logicamente são vários os fatores que vão determinar essa quantidade: sexo, constituição física, idade, uso de medicamentos, etc. Mas a média ideal aceita para os homens é 30 g por dia e para as mulheres, metade desse valor.

A regularidade também é importante. Não adianta você ser extremamente moderado, ou até mesmo abstênio durante a semana, e no sábado e domingo encher a cara. Nesse caso você terá mais prejuízo que lucro. Beber de forma moderada e regularmente durante e semana é o melhor que se pode fazer para se ter todos os benefícios do vinho.
Há muito tempo que se sabe que o álcool, ingerido em pequenas quantidades, pode prevenir infarto do miocárdio, isquemia cerebral, etc. Isso vale para a cerveja, cachaça, caipirinha e o que tiver álcool. Mas o vinho tem algo mais que as outras bebidas não têm: os polifenois, além de mais de mil compostos importantes para a saúde.

Esses polifenois são antioxidantes poderosíssimos. O resveratrol, um dos vários antioxidantes encontrado no vinho, é extremamente eficiente na prevenção de doenças coronárias.
Outros relatos, como do Dr. Ray Strand, mostram o resveratrol como um excelente remédio na prevenção e até cura do câncer.

Os flavonóides também reduzem os níveis de LDL, conhecido como mau colesterol, e aumenta os níveis de HDL, que é o bom colesterol.
O vinho também faz com que as plaquetas fiquem menos aderentes e reduz os níveis de fibrina, evitando com que o sangue coagule em locais errados. Por isso é que o vinho previne o entupimento das veias evitando assim, o infarto.

Consumido com moderação, o vinho também previne demência e Alzheimer. Isso se deve ao fato dos polifenóis retardarem o envelhecimento das células.
O interessante é que entre vinho branco e vinho tinto, existe uma diferença entre quantidade e qualidade.
O vinho branco tem uma qualidade maior de polifenóis, mas o vinho tinto tem maior quantidade o que faz dele mais interessante para as células cerebrais.

O vinho também melhora a circulação do sangue nas coronárias e cirulação cerebral.
Outra coisa bastante legal  no vinho é que ele reduz as chances de uma infecção pulmonar muito melhor que muitos antibióticos!
O vinho também é ótimo para quem tem problemas estomacais. O consumo MODERADO de vinho está ligado à uma baixa incidência de úlcera péptica pois ele inibe a histamina, alivia o stress e tem uma ação antimicrobiana contra aquela praga chamada Helicobacter pylori, aquela bactéria que causa úlcera.

O vinho também atua sobre o colesterol reduzindo as chances de se ter pedras na vesícula.
Estudos também mostraram que o vinho pode reduzir em até 60% as chances de se ter cálculos urinários devido à estimulação de diurese.
A falta de sensibilidade à insulina é a grande causa do diabetes tipo 2. O vinho, consumido moderadamente, melhora a sensibilidade das células periféricas à insulina o que faz dele uma ótima opção para quem tem esse tipo de diabetes, que aliás é a mais comum.

Problema com ferro? Está anêmico? O vinho ajuda na absorção do ferro!
O vinho também melhora a densidade óssea reduzindo as chances de se ter osteoporose.
A degeneração macular, que tem cegado muita gente, pode ser bastante reduzida com o vinho.
É muita coisa que essa bebida mais que milenar tem a oferecer, mas...como disse e repito, com uso MODERADO!
Por: Estoubeim.com

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