quinta-feira, 16 de junho de 2011

Basquete subaquático: Invenção brasileira

Patrícia Flor - Hortolândia/SP -

Se pensa que já viu tudo sobre esportes aquáticos e estava esperando algo realmente novo, você tem muitos motivo para curtir o basquete subaquático. Novidade "made in Brasil" o esporte foi criado em 2003, pelo mergulhador e professor José Roberto Regino. O nascimento se deu quando Regino buscava um estimulo a mais nas aulas para os alunos com mais de doze anos de idade.

Um amigo que é proprietário de uma escola de mergulho incentivou o professor a buscar mais informações sobre os esportes aquáticos. Regino acabou levando o basquete para dentro de uma piscina, com alunos de um colégio em Valinhos, interior de São Paulo.

De acordo com o Regino o basquete subaquático foi desenvolvido para "oferecer atividades diferenciadas aos alunos e com isso enriquecer ainda mais seu repertório motor no meio líquido’’. O basquete subaquático foi baseado no rugby (subaquático), mas com a utilização das regras do basquete, com algumas modificações.

O jogo é praticado em uma piscina de 25 metros, podendo também ser um tamanho menor e cada equipe dever ter sete jogadores na água. A profundidade tem que variar de no mínino 1,80m a 3,00m. O equipamento constitui-se de gorro de pólo aquático, máscara, snorkel, nadadeiras e uma bola de borracha com água e ar (ela terá que ter flutuabilidade neutra para negativa). Também são necessárias duas cestas com peso, para ficar imóvel no fundo da piscina.

O inventor do basquete subaquático garante que outros países já se interessaram por essa nova prática aquática "três profissionais de faculdades de educação física do exterior, escreveram querendo saber sobre a modalidade", relata o professor. Para que seu "invento" funcionasse, Regino criou algumas regras:
  • O início do jogo acontece quando os jogadores de cada equipe estão encostados na parede de sua área de defesa. O árbitro lança a bola no meio da piscina e terá iniciado a partida. O tempo é de 3 x 10min com 5min de intervalo.
  • Os jogadores ficam nadando na superfície com a cabeça na água sempre observando a área submersa e utilizando o snorkel para respirar. Tudo acontece submerso e quando necessário o jogador poderá descer até o fundo para tomar a bola ou deslocar com ela quicando-a.
  • O jogador não poderá tirar a bola de dentro da água para fazer um passe. Todo passe ou arremesso à cesta deverá ser submerso.
  • O jogador só poderá segurar a bola por três segundos. Ninguém poderá tirar a bola da mão do adversário enquanto ele estiver segurando a bola.
  • Após ser executado um passe ou arremesso, o jogador que o fez não poderá pegar novamente a bola, somente outro de ambas as equipes.
  • O jogador não poderá segurar, agarrar ou empurrar o adversário para tentar recuperar a bola. Toda posse da bola deverá ser feita no momento do passe ou quando o jogador estiver quicando a bola no funda da piscina.
  • O jogador poderá dar dois ciclos de pernadas segurando a bola, mais que isso será considerada infração que será cobrada pela equipe adversária no local da mesma.
  • Caso o jogador queira se deslocar utilizando mais de dois ciclos de pernadas, ou seja, percorrer uma distância grande, ele deverá descer até o fundo da piscina e se deslocar através da batida de pernas quicando a bola.
  • Para arremessar, o jogador deverá se dirigir até 1 metro de distância da cesta e arremessar a bola estando acima do nível da mesma. Quando ele iniciar o deslocamento em direção a cesta, poderá utilizar até 2 ciclos de pernadas segurando a bola e arremessá-la, nesse momento ninguém poderá interferir tentando recuperar a bola ou entrar na frente barrando o caminho. A equipe defensora deverá aguardar o arremesso e esperar para definir a trajetória da bola, caso ela saia do caminho da cesta, qualquer jogador, menos o que arremessou, poderá tomar posse da bola.
  • Na defesa, ninguém poderá ficar guardando a cesta, o jogador de defesa deverá ficar no mínimo 2 metros de distância da mesma.
  • Nenhum jogador poderá encostar na cesta, seja da defesa ou ataque, caso isso aconteça, será considerado falta e cobrada pela equipe adversária no local da infração.
Por: LivrEsporte Brasil

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