domingo, 26 de dezembro de 2010

Sobrevivendo à depressão de fim de ano


Foto: Getty Images
Compras estressantes e luto podem desencadear uma depressão no fim do ano
As festividades de dezembro são repletas de alegrias, mas não para todos. O final do ano deixa algumas pessoas especialmente vulneráveis à depressão, de acordo com o psiquiatra Angelos Halaris, da Universidade de Loyola.
 Compras e diversão podem ser estressantes, enquanto reflexões sobre pessoas que partiram podem renovar dores da perda. A isso se acrescenta a desordens financeiras. O conjunto de fatores pode servir de empurrão para a depressão em algumas pessoas.

Para quem está se sentindo deprimido e impossibilitado de executar tarefas, é indicado que consulte um profissional médico imediatamente. Sinais de perigo envolvem transtornos de humor que durem mais de duas semanas, acessos de choro, mudanças no apetite e nos níveis de energia, dificuldades de concentração e até pensamentos sobre morte e suicídio.

Em alguns casos os sintomas não são tão severos, mas mesmo assim os indivíduos se sentem tristes. Para esses casos o psiquiatra tem algumas sugestões: “Exercícios funcionam, assim como manter relações que te preencham, fazer coisas que você ache recompensadoras e ir a eventos religiosos”, disse Halaris. “Dormir bastante e reservar um tempo para você podem ajudar. Todos têm limites e aprendendo a viver dentro deles é importante”, diz.

Em países do hemisfério norte a exaustão e falta de interesse na vida podem ser sinal de problemas emocionais sazonais, causados pela falta de luz do sol. Um frequente sintoma é desejo por doces. “O tipo mais comum de transtorno de humor ocorre durante os meses de inverno”, explica Halaris. “A depressão de inverno é explicada por um desequilíbrio químico no cérebro trazido pela falta de luz do sol em função dos dias mais curtos e céu tipicamente encoberto”, aponta o psiquiatra.

Para aqueles que estão desanimados presos a um sentimento de luto, a consultora comportamental Nancy Kiel sugere que é importante admitir a perda. “Comece uma nova tradição para honrar e lembrar dos entes queridos”, diz. “Acenda uma vela especial no jantar e faça todos compartilharem uma memória especial ou promova uma atividade que a pessoa em questão gostava. Faça algo que faria aquela pessoa querida sorrir”, completa. Ela também sugere evitar as compras em shoppings e dar preferência para lojas online. Assim sobra tempo para estar ao lado de pessoas que providenciam apoio e carinho.

The New York Times

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