quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Prevenção às lesões e quedas na terceira idade


Entre as sérias consequências das quedas estão as fraturas. Um tratamento multidisciplinar geralmente é necessário para a reabilitação

Muitos já devem ter ouvido falar ou ter conhecido algum idoso ou idosa que após uma queda, fraturou a perna e ficou com dificuldade para andar. Talvez essa pessoa devesse apresentar osteoporose, doença sobre a qual já estão sendo realizadas campanhas de orientação, porém a questão é por que houve a queda?

Cerca de quase um terço dos idosos que vivem em comunidade caem num período de um ano, e alguns sofrem conseqüências graves como fraturas, hemorragias, traumas cranianos e até óbito, direta ou indiretamente após o evento da queda.
“Alguns desenvolvem a chamada síndrome pós-queda, quadro clínico caracterizado por um pavor descontrolado de andar novamente, mesmo sem apresentar problemas de locomoção que impeçam a marcha”, afirma Dr. Moisés Cohen, Professor Livre-Docente do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da UNIFESP e Diretor do Instituto Cohen.

Um tratamento multidisciplinar geralmente é necessário para se tentar reabilitar a capacidade desses pacientes.

As causas para quedas são multifatoriais. Pode-se dividi-las em fatores de risco intrínsecos, problemas inerentes à saúde do indivíduo, como uso inadequado de muitos medicamentos, problemas visuais, doença de Parkinson, osteoartrite de joelhos, lombalgia, incontinência urinária entre outras, ou fatores de risco extrínsecos, que podem ser modificáveis no ambiente ou nos hábitos como andar com calçado com salto alto, usar sola escorregadia, tapetes escorregadios, iluminação inadequada nos ambientes de transição, chão encerado, escadas sem corrimão, vasos sanitários, camas e cadeiras muito altos ou baixos, sedentarismo ou prática de atividades físicas, como a corrida.
“Por que é velho, cai e não anda direito”. Este tipo de idéia é mais freqüente do que se imagina, por não se saber diferenciar as alterações do envelhecimento da presença de doenças, que podem ser tratadas. O preconceito pelo simples fato da pessoa ser idosa é nomeado deageism na língua inglesa e uma tradução que tem sido usada na língua portuguesa seria “velhismo”.

“Cabe a todos os setores de educação da sociedade difundir conhecimentos sobre o processo de envelhecimento e a partir de reflexões e experiências da prática na atenção à saúde ao idoso, poderemos criar soluções para garantir uma terceira idade com mais qualidade”, completa Dr. Cohen.

SETOR DE AVALIAÇÃO E TREINAMENTO SENSÓRIO-MOTOR

Criado em 2003, o Setor de Avaliação e Treinamento Sensório-motor é um serviço oferecido pelo Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida diária e esportiva das pessoas, o serviço visa o tratamento dos mais diversos tipos de desequilíbrios musculares, inseguranças em relação ao retorno para as atividades diárias ou esportivas e à prevenção de re-lesões, além de trabalhar a prevenção de quedas na terceira idade.

“Toda a reeducação muscular e dos receios pós-lesão ou pós-cirúrgico é realizada através de treinos funcionais e de distúrbios gerados por equipamentos especiais e por estímulos específicos pelo fisioterapeuta, gerando um bombardeio de estímulos os quais farão com que os sistemas nervosos periférico e central reaprendam a reagir as instabilidades”, explica Gustavo Almeida, fisioterapeuta do Instituto Cohen.

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

“Dispomos dos mais diversos tipos de equipamentos especiais para cada tipo de lesão sendo ela de membros inferiores ou superiores. Como exemplos temos o trampolim acrobático de cinco metros o qual gera reação à carga e ajuda a desenvolver a confiança e respostas musculares mais adequadas para determinados distúrbios; o colchão com densidade apropriada que gera desequilíbrios também, porém o indivíduo necessita estar com força adequada depois, ao contrário do trampolim, gera resistência; o balancer e balancim, os quais trabalham o equilíbrio estático, a postura e a confiança no reequilíbrio na descarga de peso inicial”, completa o fisioterapeuta.

Esses treinos são adaptados ao tipo de atividade do indivíduo, sendo ele atleta ou não, fazendo deste um trabalho totalmente personalizado.

A equipe é composta por seis fisioterapeutas habilitados para avaliar e desenvolver treinamentos adequados para cada caso. Dispomos dos mais variados tipos de equipamentos para treinamento do equilíbrio, coordenação, percepção sensorial e, até mesmo, do gesto esportivo.

Fonte: Ativo.com

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