terça-feira, 22 de junho de 2010

Inverno x atividade física: o que pode ou não fazer

Temperaturas baixas trazem doenças e dão aquela preguiça de se exercitar. Veja como driblar essa armadilha e continuar treinando

Exercícios físicos: o que pode e o que não pode fazer no inverno

Não é só a preguiça que incomoda nos dias frios. O inverno é a época em que ficamos mais doentes, com gripes, resfriados, tosse e até mesmo alergias. Fazer atividade física nestas condições parece um martírio, mas saiba que isso pode ser bom. “Exercitar-se, de forma moderada, reduz consideravelmente os sintomas relacionados a resfriados e auxilia na recuperação”, afirma o pneumologista João Geraldo Simões Houly, do Hospital Santa Paula (SP).

Em alguns casos, para ajudar no tratamento, o melhor mesmo é vestir roupas e tênis confortáveis, criar coragem e partir para o treino. Quem já está acostumado à atividade pode continuar a fazê-la. “Só que com uma intensidade e uma duração menor para não piorar ainda mais, debilitando o sistema imunológico”, alerta o fisiologista Claudio Pavanelli. Vale lembrar que a resposta não será a mesma de quando estava saudável. Já pessoas com menor resistência, idosos ou sedentários podem ter problemas.

Tome cuidado

A fisioterapeuta Deborah Supino não recomenda a malhação com gripe nem para quem já está acostumado. “A doença acomete as vias aéreas, causando infecção, coriza e febre. Estando o sistema imune abalado, o estresse do exercício passa a ser um fator a mais para sobrecarregar as defesas do corpo”. É como se os benefícios gerados pela atividade física ficassem comprometidos, não compensando o esforço.

Esqueça o treino também se tiver febre, fraqueza e dores no peito e nas juntas. “O exercício envolve um alto gasto energético, enfraquecendo o organismo que não estiver devidamente preparado”, comenta Deborah Supino. O melhor mesmo a fazer é iniciar um tratamento médico e descansar. “Se não tratada, a gripe pode evoluir e ser um fator facilitador de infecções mais graves, como pneumonia, sinusite e amidalite, ou agravar as crises de asma”, complementa João Geraldo.

A tosse é outro sintoma que dificulta para manter o ritmo. “Isso sem contar que é um dispersor viral, algo a se pensar quando a atividade é realizada em locais de alta concentração de pessoas”, alerta Saturno de Souza, diretor técnico da academia Bio Ritmo.

Está liberado

Algumas alergias respiratórias, desde que tratadas adequadamente, não impedem a prática de esportes. Nem as cólicas menstruais, que se intensificam no inverno. “Estes devem ser estimulados, em virtude dos benefícios que promovem no organismo como um todo. Os alérgicos não somente podem dedicar-se à prática, como devem realizar os exercícios periodicamente, dentro de um programa bem estabelecido”, diz a fisioterapeuta.

É importante também não treinar em locais com ventos frios e ar condicionado para não prejudicar ainda mais o sistema imunológico. “É preciso estar com vestimenta adequada para o clima e realizar um aquecimento, que é a preparação do organismo para a prática de atividade física com segurança e eficácia”, explica Claudio Pavanelli.

Retire roupas molhadas de suor logo após o exercício, para impedir a queda de temperatura corporal. “Lembre-se também da hidratação, que favorece o organismo e ajuda a responder adequadamente ao esforço”, completa Saturno de Souza.

Fonte: IG Katia Deutner

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